
Bruno Gagliasso participou da coletiva de imprensa da peça Um Certo Van Gogh, no Teatro Leblon, na zona Sul do Rio. O encontro marca a estréia da temporada carioca do espetáculo, já visto em São Paulo e outras capitais.
A história mescla as angústias do pintor do século XIX às dos jovens de hoje. Apesar da referência ao mestre holandês da pintura, que era esquizofrênico, o protagonista da peça é Timóteo (Bruno Gagliasso), estudante que, no século XXI, em meio a dúvidas e incertezas que a juventude produz, se identifica com a vida e a obra do artista.
Para compor o personagem, Bruno pesquisou muito sobre o assunto e até fez laboratório:
“Li, pesquisei, estudei... Cheguei até a ir em hospitais psiquiátricos, para conhecer melhor o universo deles”, explicou o ator, que conheceu o pintor de uma forma inusitada.
“Quando fui morar sozinho, não tinham cortinas no apartamento. Aí, cortei algumas figuras de livros para improvisar. A partir daí, comecei a me interessar pela arte e estudar mais. Foi assim que conheci Van Gogh e, quando percebi, estava totalmente absorvido”, contou o ator.
Durante a conversa, Bruno disse ainda que se identifica com a história do espetáculo.
“Me sinto muito inquieto também. Não espero as coisas acontecerem, vou atrás mesmo e não me preocupo com que os outros vão pensar”, disse ele.
“Me apaixonei por essa inquietude, ela entrou na minha vida de uma forma inexplicável”, completou Bruno, que também interpretará um esquizofrênico em Caminho das Índias.
“Acho que isso tudo foi um grande encontro, além de uma grande preparação para a novela. Também acredito que essas histórias são muito boas, para abrir os olhos das pessoas”.
Bruno também mostra um pouco de indignação com o tema.
“Estudei bastante sobre isso. E é incrível que tem gente que mata e fica três anos preso, enquanto um esquizofrênico fica 10 anos acorrentado”, completou ele, que começa a gravar a novela na próxima semana.
Será que vai ser difícil conciliar o teatro com a tevê?
“Claro que sim. Estou feliz da vida, é o que eu amo e vou fazer o resto da vida”.
Fonte Fuxico