Ana Maria recebeu, nesta sexta-feira, o ator Bruno Gagliasso para o café. Ele, que interpreta o Tarso na novela “Caminho das Índias”, comentou o drama que seu personagem vive na trama. “Antes as pessoas não falavam da esquizofrenia. Para compor o personagem, eu li muito sobre o poeta Ferreira Gullar, frequentei muitos lugares e conversei com muita gente que sofre do problema. Acho que isso me alimenta e vai me alimentar até o final da novela”, disse.


Segundo ele, a vivência e a observação o ajudaram a compor o personagem. “Este também foi, sem duvida, o personagem que mais me acrescentou. Ele está me fazendo observar o ser humano e isso não tem preço”, falou.


Ainda durante o café, Bruno viu uma reportagem sobre pacientes que têm esquizofrenia. “É muito bacana isso. Fui muito ao Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro e foi fundamental”, explicou Bruno.


A doença:
Esquizofrenia é uma doença complexa, intrigante e sua causa ainda não é conhecida. As manifestações da esquizofrenia são muito variáveis, mas no geral os portadores apresentam períodos em que têm dificuldade de distinguir o real do irreal, e podem vivenciar mudanças na sua forma de pensar e sentir, prejudicando suas relações afetivas e seu desempenho profissional e social.

A esquizofrenia é uma doença grave, que acarreta grande carga de sofrimento para seu portador, sua família e amigos. Quanto antes for iniciado o tratamento melhor será sua evolução, mas freqüentemente é necessário que o acompanhamento se dê para toda a vida.


Quem tem esquizofrenia?
A esquizofrenia tem início na adolescência e começo da vida adulta (15 a 25 anos). Embora a freqüência seja igual entre os sexos, pode começar mais tardiamente nas mulheres. Raramente os sintomas aparecem antes dos 12 anos de idade ou depois dos 40. A esquizofrenia afeta em torno de 1% da população mundial.


Como se manifesta a esquizofrenia?
Os sintomas são variados e podem aparecer subitamente, mas comumente a doença leva meses ou anos para se manifestar. Inicialmente os sintomas podem não ser evidentes e muitas vezes são confundidos com oscilações próprias da adolescência ou com outras doenças psiquiátricas como, por exemplo, depressão.


Os indivíduos começam a perceber que há algo estranho, mas muitas vezes são incapazes de contar para seus familiares. Podem relatar que estão mais tensos, tendo dificuldade de concentração ou para dormir, começam a isolar-se das pessoas, não conseguem mais ficar com os amigos e param de estudar ou trabalhar.


Com a progressão da doença, aparecem os sintomas mais característicos. Estes são usualmente denominados sintomas agudos ou psicóticos e envolvem alterações específicas do pensamento, da percepção sensorial e do comportamento.


Fonte: Mais você e Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia

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