Já alguns dias que ando com vontade de falar de Bruno Gagliasso, o bígamo como diria Clô. Berilo Fragolone que começou patinando hoje já é um papel para entrar na galeria dos personagens marcantes de Bruno. Especializados em coadjuvantes de sucesso, Bruno construiu sua carreira com o tempo. O tempo que lhe rendeu ótimas escalações, o tempo que lhe rendeu experiências e o tempo de cada personagem. Por não ser um ator bissexto na TV, muito pelo contrário, Bruno tem emendado novelas desde 2003, ele não é um ator que já começa uma novela totalmente dentro de um personagem. Precisa de tempo. Foi assim em "Celebridade", "América", "Sinhá Moça", "Paraíso Tropical", "Caminho das Índias" e agora em "Passione". O que não pode em nenhum momento ser demérito para sua imagem. Ele parece ser um ator parabólica, do tipo que precisa primeiro captar todos os sinais da novela, do público, do núcleo que está trabalhando, dos parceiros de cena e dos pares românticos. Aliás, o triângulo amoroso de Berilo, Jéssica e Agostina é todo formado por atores que atuam muito mais com olhares e emoções do que com voz e corpo. São três atores intimistas, minimalistas, e no começo da novela, Bruno parecia perdido com isso, talvez por algum erro de direção acabou se destacando pela caricatura, pelo Berilo histriônico. Mas o tempo passou, e o texto ajudou, e agora Berilo está totalmente equilibrado, na comédia, no sentimento e na realidade. O público já consegue imaginar alguém como o italiano mulherengo que fez tudo errado, e isso é ponto pra ele. Não se abateu pelas críticas, foi sentindo aos poucos tudo que acontecia, sem estrelismos se recolheu, deve ter estudado muito e pronto: Berilo nesta reta final de "Passione" não desandou, e já caminha para ficar num lugar de destaque na bonita galeria que é a carreira de Bruno Gagliasso. Deu a volta por cima!

Fonte: TV Pitaco

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