A ideia de interpretar um italiano sempre agradou Bruno Gagliasso. O próprio sobrenome evidencia as origens - sicilianas - do ator. E sua família tem até um restaurante especializado na culinária do país cujo idioma aparece no título da novela Passione. "É claro que eu já conhecia muito da cultura, mas estudei bastante. Precisava mesmo de um personagem leve, divertido, com pitadas de humor", explicou ele, que ainda estava muito marcado por sua atuação como o esquizofrênico Tarso de Caminho das Índias, quando começou os trabalhos no folhetim de Sílvio de Abreu. O sucesso de Berilo, seu personagem em Passione, fez com que Bruno fosse escolhido o melhor ator coadjuvante no "Prêmio Melhores & Piores de TV Press" de 2010.
Às vésperas do término de Passione, Bruno já sabe que não terá descanso depois que as confusões entre Berilo e suas duas esposas, Jéssica e Agostina, de Gabriela Duarte e Leandra Leal, terminarem. O ator prefere não dar detalhes, mas ele já está confirmado na próxima novela das seis da Globo, Cordel Encantado. Na trama, escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes, viverá seu primeiro personagem central em uma novela: o vilão Timóteo. "Acho deselegante conversar sobre uma coisa enquanto a outra não termina. Mas fico muito feliz por colher os frutos de uma carreira construída a passos longos", desconversou o artista, que estreou na TV em 2000, na pele do estudante Rodrigo de Chiquititas Brasil, do SBT.
Faltam poucos capítulos para terminar Passione e o triângulo formado entre Berilo, Agostina e Jéssica ainda é um dos assuntos mais comentados da história. O que você acha que favoreceu essa repercussão?
Sempre soube que esse núcleo ia acontecer. Não tinha como dar errado. O elenco parece ter sido escolhido a dedo. Além disso, a novela foi muito marcada por questões dramáticas e misteriosas. Nesses casos, os núcleos cômicos acabam se destacando porque representam a leveza, o respiro. Isso a gente percebe nas próprias reações de público.
O que você notou de diferente nessa abordagem popular?
Nas ruas, é muito engraçada a forma como as pessoas chegam. Elas se sentem mais íntimas. Parece que estão vivendo aquela situação junto com os personagens, se sentem próximas. Vivem dizendo "você não vale nada", essas coisas. O Berilo foi muito malandro, conseguiu ser cara de pau, descarado e sem vergonha. Um personagem que qualquer ator gostaria de fazer, que tem tudo que busco em um papel. Ele faz o público rir e, por isso, a receptividade é mais calorosa.
E o que você procura?
O que mais gosto e melhor sei fazer é, sem dúvida, o trabalho de composição. O bom de ser ator é o estudo, a preparação, escolher a roupa e cara, o jeito de falar. Essa é a melhor parte. Preparar-se para pode chegar em uma cena e oferecer algo para aquele trabalho. O nosso ofício é temperar os personagens. Na época do Júnior, de América, tinha uma galera que queria ele fosse afetado. Mas para quê? Quero fazer o que não é óbvio! Vou pincelando, como se fosse um quadro.
Você normalmente é escalado em papéis coadjuvantes e acaba se destacando no decorrer dos capítulos. Sente falta de verem você como um protagonista?
Essa percepção é engraçada, porque aposto que muita gente deve ficar surpresa ao saber que eu nunca fiz um protagonista. Mas isso é maravilhoso, é um sinal de que venho de papéis de sucesso em tramas paralelas. Vejo todo mundo falando que um dia quer fazer um protagonista, mas todos os meus trabalhos foram encarados dessa forma. Acho que isso transparece no ar. E é essa a direção que dou para a minha carreira. Vejo gente que perde papéis excelentes por pura vaidade. Não quer? Tranquilo, mas manda para mim!
Mas seu nome já está confirmado como o grande vilão da próxima novela das seis...
É verdade. E essa notícia veio numa hora em que eu realmente não esperava. Já tinha outros projetos para o ano que vem, estava decidido a viajar e morar fora. Minha ideia era passar, pelo menos, quatro meses viajando por Paris, Londres, Barcelona e Nova Iorque. Eu nem acho bacana falar sobre essa novela agora porque ainda não acabei Passione. Acho deselegante. Quando a Amora me convidou, ela disse que pensou em mim para o papel. E a Amora é uma pessoa que respeito muito. Além de uma grande amiga minha, ela também é uma grande diretora. Isso vale mais do que qualquer protagonista, antagonista, seja o que for.
Você falou em direcionar a carreira. Como isso funciona?
Quando penso em encaminhar minha carreira, falo de transformar um papel. Como o Ricardo de Sinhá Moça, por exemplo. Prefiro me segurar no começo, ir pelas beiradas e, do meio para frente, ouvir de alguém que meu personagem rouba a cena quando aparece. Vejo tantos protagonistas que não correspondem. Mas isso não quer dizer que não quero para mim. Tenho vontade de fazer um mocinho, sim. Não é um objetivo de carreira. Não tenho pressa e não fico sofrendo porque não fiz. Sei que vai pintar. E, assim como fiz em outros trabalhos, vou ter de me desconstruir todo. Vai ser um bom exercício.
Você já mencionou que queriam o Júnior, em América, afetado. É complicado desenvolver suas intenções quando elas são contrárias ao que é pedido?
Acontecem papos construtivos. Mas já tive de convencer algumas pessoas na minha carreira, sim. O Júnior pintava as unhas das pessoas. Você acha que eu não corri pelas beiradas? No fim da novela, ele era de bom gosto e ouvia música clássica. Por que o gay tem de ser manicure e cortar cabelo? A maior prova de que isso deu certo foi a aceitação. Olha, não vou mentir, fiquei muito triste com o corte do beijo. Muita gente ficou. Mas me senti aliviado porque uma barreira foi quebrada nos últimos anos e meu trabalho ajudou. O gay sofre como qualquer um, ama como qualquer um e foi essa a mensagem que a gente passou.
Recentemente, a Globo cortou mais um beijo gay, desta vez na série Clandestinos - O Sonho Começou. Como você encarou isso?
Sou ator, trabalho com arte. Em arte, não cabe censura. Sou completamente contra qualquer tipo de censura. Mas, por outro lado, acho que as pessoas estão preocupadas demais com o beijo. Na verdade, isso é o que menos importa. O beijo é só a conseqüência de um sentimento puro entre duas pessoas. A partir do momento que esse sentimento é transmitido, o resto é o resto. A gente não pode deixar de exigir, como cidadão e telespectador, que mostrem esse sentimento.
Para fazer a próxima novela das seis, suas férias serão curtas. Você fez praticamente uma novela por ano desde que assinou com a Globo. Não está cansado?
Sou fã de uma galera de artistas que fazia novelas ao vivo. Me espelho nessas pessoas, quero me tornar um deles no futuro. Para isso, a prática é o melhor exercício. Enquanto me oferecerem personagens que valham a pena, vou aceitar. Essa coisa de descansar a imagem não serve para mim. Não por agora. Talvez sentisse vontade de parar um pouco se estivesse fazendo a mesma coisa sempre. Não sou de ficar recusando trabalho.
Você já recusou papéis por achar que não valeriam o esforço de emendar?
Na Globo, as pessoas já sabem o que eu curto e o que vai me deixar balançado. O Sílvio de Abreu, por exemplo, quando me convidou para Passione, sabia que iria ficar amarradão para fazer. Ele é muito amigo do Gilberto Braga, que me conhece bem. Os autores normalmente me oferecem personagens de muita construção, o que adoro. Respondendo sua pergunta: com frequência, não. Mas acontece. É normal. Acho que em qualquer área isso rola.
Passione - Globo - Segunda a sábado, às 21h.
Bem relacionado
São 10 anos de TV na vida de Bruno Gagliasso. E, nesse tempo relativamente curto, o ator sabe que conseguiu um lugar de destaque nas listas dos principais autores de televisão. Ele já é "queridinho" de nomes como Glória Perez, Sílvio de Abreu e Gilberto Braga. Com a primeira, interpretou o gay Júnior de América e o esquizofrênico Tarso de Caminho das Índias. Sílvio teve Bruno no elenco de As Filhas da Mãe antes de chamá-lo para Passione. E Gilberto escalou Bruno para viver o problemático Inácio de Paraíso Tropical e o "bad boy" Ivan de Paraíso Tropical. "Posso dizer - e com orgulho - que já coleciono tipos interessantes e bem diversificados no currículo", valorizou.
De onde surgiu a "fama" de se sair bem em papéis problemáticos, isso Bruno não sabe explicar. Mas está muito longe de se incomodar com o que enxerga como sua maior qualidade. "Acho que tenho uma carinha normal, sou um homem comum, mas já mostrei que posso fugir do óbvio. Os autores com quem trabalhei acabaram confiando em mim e na minha dedicação", gabou-se.
Na balança
Bruno se diz mais que satisfeito com os rumos de seu personagem em Passione. Mas, se pudesse mudar algo nesses sete meses de história, o ator sabe bem o que seria. "Comecei a contracenar com a Leandra Leal mais tarde. Poderia ser legal se a gente tivesse se encontrado antes na trama", analisou. Sobre as possibilidades do final de Berilo, Bruno jura não torcer por nenhuma das duas mulheres. Mas confessa que mudou de opinião desde os primeiros capítulos. "Antes, achava que ele tinha que acabar sozinho. Bigamia é crime, é errado. Mas agora, as pessoas gostam tanto dele que não consigo imaginar mais ele preso ou abandonado. Aposto em algo surpreendente", supôs.
Trajetória Televisiva
Às vésperas do término de Passione, Bruno já sabe que não terá descanso depois que as confusões entre Berilo e suas duas esposas, Jéssica e Agostina, de Gabriela Duarte e Leandra Leal, terminarem. O ator prefere não dar detalhes, mas ele já está confirmado na próxima novela das seis da Globo, Cordel Encantado. Na trama, escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes, viverá seu primeiro personagem central em uma novela: o vilão Timóteo. "Acho deselegante conversar sobre uma coisa enquanto a outra não termina. Mas fico muito feliz por colher os frutos de uma carreira construída a passos longos", desconversou o artista, que estreou na TV em 2000, na pele do estudante Rodrigo de Chiquititas Brasil, do SBT.
Faltam poucos capítulos para terminar Passione e o triângulo formado entre Berilo, Agostina e Jéssica ainda é um dos assuntos mais comentados da história. O que você acha que favoreceu essa repercussão?
Sempre soube que esse núcleo ia acontecer. Não tinha como dar errado. O elenco parece ter sido escolhido a dedo. Além disso, a novela foi muito marcada por questões dramáticas e misteriosas. Nesses casos, os núcleos cômicos acabam se destacando porque representam a leveza, o respiro. Isso a gente percebe nas próprias reações de público.
O que você notou de diferente nessa abordagem popular?
Nas ruas, é muito engraçada a forma como as pessoas chegam. Elas se sentem mais íntimas. Parece que estão vivendo aquela situação junto com os personagens, se sentem próximas. Vivem dizendo "você não vale nada", essas coisas. O Berilo foi muito malandro, conseguiu ser cara de pau, descarado e sem vergonha. Um personagem que qualquer ator gostaria de fazer, que tem tudo que busco em um papel. Ele faz o público rir e, por isso, a receptividade é mais calorosa.
E o que você procura?
O que mais gosto e melhor sei fazer é, sem dúvida, o trabalho de composição. O bom de ser ator é o estudo, a preparação, escolher a roupa e cara, o jeito de falar. Essa é a melhor parte. Preparar-se para pode chegar em uma cena e oferecer algo para aquele trabalho. O nosso ofício é temperar os personagens. Na época do Júnior, de América, tinha uma galera que queria ele fosse afetado. Mas para quê? Quero fazer o que não é óbvio! Vou pincelando, como se fosse um quadro.
Você normalmente é escalado em papéis coadjuvantes e acaba se destacando no decorrer dos capítulos. Sente falta de verem você como um protagonista?
Essa percepção é engraçada, porque aposto que muita gente deve ficar surpresa ao saber que eu nunca fiz um protagonista. Mas isso é maravilhoso, é um sinal de que venho de papéis de sucesso em tramas paralelas. Vejo todo mundo falando que um dia quer fazer um protagonista, mas todos os meus trabalhos foram encarados dessa forma. Acho que isso transparece no ar. E é essa a direção que dou para a minha carreira. Vejo gente que perde papéis excelentes por pura vaidade. Não quer? Tranquilo, mas manda para mim!
Mas seu nome já está confirmado como o grande vilão da próxima novela das seis...
É verdade. E essa notícia veio numa hora em que eu realmente não esperava. Já tinha outros projetos para o ano que vem, estava decidido a viajar e morar fora. Minha ideia era passar, pelo menos, quatro meses viajando por Paris, Londres, Barcelona e Nova Iorque. Eu nem acho bacana falar sobre essa novela agora porque ainda não acabei Passione. Acho deselegante. Quando a Amora me convidou, ela disse que pensou em mim para o papel. E a Amora é uma pessoa que respeito muito. Além de uma grande amiga minha, ela também é uma grande diretora. Isso vale mais do que qualquer protagonista, antagonista, seja o que for.
Você falou em direcionar a carreira. Como isso funciona?
Quando penso em encaminhar minha carreira, falo de transformar um papel. Como o Ricardo de Sinhá Moça, por exemplo. Prefiro me segurar no começo, ir pelas beiradas e, do meio para frente, ouvir de alguém que meu personagem rouba a cena quando aparece. Vejo tantos protagonistas que não correspondem. Mas isso não quer dizer que não quero para mim. Tenho vontade de fazer um mocinho, sim. Não é um objetivo de carreira. Não tenho pressa e não fico sofrendo porque não fiz. Sei que vai pintar. E, assim como fiz em outros trabalhos, vou ter de me desconstruir todo. Vai ser um bom exercício.
Você já mencionou que queriam o Júnior, em América, afetado. É complicado desenvolver suas intenções quando elas são contrárias ao que é pedido?
Acontecem papos construtivos. Mas já tive de convencer algumas pessoas na minha carreira, sim. O Júnior pintava as unhas das pessoas. Você acha que eu não corri pelas beiradas? No fim da novela, ele era de bom gosto e ouvia música clássica. Por que o gay tem de ser manicure e cortar cabelo? A maior prova de que isso deu certo foi a aceitação. Olha, não vou mentir, fiquei muito triste com o corte do beijo. Muita gente ficou. Mas me senti aliviado porque uma barreira foi quebrada nos últimos anos e meu trabalho ajudou. O gay sofre como qualquer um, ama como qualquer um e foi essa a mensagem que a gente passou.
Recentemente, a Globo cortou mais um beijo gay, desta vez na série Clandestinos - O Sonho Começou. Como você encarou isso?
Sou ator, trabalho com arte. Em arte, não cabe censura. Sou completamente contra qualquer tipo de censura. Mas, por outro lado, acho que as pessoas estão preocupadas demais com o beijo. Na verdade, isso é o que menos importa. O beijo é só a conseqüência de um sentimento puro entre duas pessoas. A partir do momento que esse sentimento é transmitido, o resto é o resto. A gente não pode deixar de exigir, como cidadão e telespectador, que mostrem esse sentimento.
Para fazer a próxima novela das seis, suas férias serão curtas. Você fez praticamente uma novela por ano desde que assinou com a Globo. Não está cansado?
Sou fã de uma galera de artistas que fazia novelas ao vivo. Me espelho nessas pessoas, quero me tornar um deles no futuro. Para isso, a prática é o melhor exercício. Enquanto me oferecerem personagens que valham a pena, vou aceitar. Essa coisa de descansar a imagem não serve para mim. Não por agora. Talvez sentisse vontade de parar um pouco se estivesse fazendo a mesma coisa sempre. Não sou de ficar recusando trabalho.
Você já recusou papéis por achar que não valeriam o esforço de emendar?
Na Globo, as pessoas já sabem o que eu curto e o que vai me deixar balançado. O Sílvio de Abreu, por exemplo, quando me convidou para Passione, sabia que iria ficar amarradão para fazer. Ele é muito amigo do Gilberto Braga, que me conhece bem. Os autores normalmente me oferecem personagens de muita construção, o que adoro. Respondendo sua pergunta: com frequência, não. Mas acontece. É normal. Acho que em qualquer área isso rola.
Passione - Globo - Segunda a sábado, às 21h.
Bem relacionado
São 10 anos de TV na vida de Bruno Gagliasso. E, nesse tempo relativamente curto, o ator sabe que conseguiu um lugar de destaque nas listas dos principais autores de televisão. Ele já é "queridinho" de nomes como Glória Perez, Sílvio de Abreu e Gilberto Braga. Com a primeira, interpretou o gay Júnior de América e o esquizofrênico Tarso de Caminho das Índias. Sílvio teve Bruno no elenco de As Filhas da Mãe antes de chamá-lo para Passione. E Gilberto escalou Bruno para viver o problemático Inácio de Paraíso Tropical e o "bad boy" Ivan de Paraíso Tropical. "Posso dizer - e com orgulho - que já coleciono tipos interessantes e bem diversificados no currículo", valorizou.
De onde surgiu a "fama" de se sair bem em papéis problemáticos, isso Bruno não sabe explicar. Mas está muito longe de se incomodar com o que enxerga como sua maior qualidade. "Acho que tenho uma carinha normal, sou um homem comum, mas já mostrei que posso fugir do óbvio. Os autores com quem trabalhei acabaram confiando em mim e na minha dedicação", gabou-se.
Na balança
Bruno se diz mais que satisfeito com os rumos de seu personagem em Passione. Mas, se pudesse mudar algo nesses sete meses de história, o ator sabe bem o que seria. "Comecei a contracenar com a Leandra Leal mais tarde. Poderia ser legal se a gente tivesse se encontrado antes na trama", analisou. Sobre as possibilidades do final de Berilo, Bruno jura não torcer por nenhuma das duas mulheres. Mas confessa que mudou de opinião desde os primeiros capítulos. "Antes, achava que ele tinha que acabar sozinho. Bigamia é crime, é errado. Mas agora, as pessoas gostam tanto dele que não consigo imaginar mais ele preso ou abandonado. Aposto em algo surpreendente", supôs.
Trajetória Televisiva
# Chiquititas Brasil (SBT, 2000) - Rodrigo.
# As Filhas da Mãe (Globo, 2001) - José Rocha.
# A Casa das Sete Mulheres (Globo, 2003) - Caetano.
# Celebridade (Globo, 2003) - Inácio.
# América (Globo, 2005) - Júnior.
# Sinhá Moça (Globo, 2006) - Ricardo.
# Paraíso Tropical (Globo, 2007) - Ivan.
# Ciranda de Pedra (Globo, 2008) - Eduardo.
# Caminho das Índias (Globo, 2009) - Tarso.
# Passione (Globo, 2010) - Berilo.
Fonte: Terra - Diversão
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